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Marisa Maiô, o que os influenciadores de avatares e o novo marketing têm a nos ensinar

Marisa Maiô

Marisa Maiô surgiu como uma apresentadora criada por inteligência artificial e se tornou um verdadeiro fenômeno nas redes sociais. Desenvolvida por Raony Phillips, a personagem mistura referências de programas de auditório com estética digital e roteiros ágeis.

Em pouco tempo, o público começou a perguntar quem é Marisa Maiô, e os vídeos da personagem viralizaram em plataformas como TikTok, Instagram e X. O sucesso foi tanto que grandes marcas como OLX, Magazine Luiza e inDrive passaram a incluir a personagem em suas campanhas. Até o Fantástico, da Rede Globo, trouxe Marisa para os holofotes, confirmando o impacto cultural da iniciativa.

Mas mais do que uma curiosidade de internet, o case de Marisa Maiô mostra como o marketing digital está mudando. A personagem não viralizou apenas por ser feita por IA, mas porque entregava algo novo, bem-humorado, com timing certeiro e linguagem que conversa com a audiência atual.

O conteúdo foi pensado para entreter e, ao mesmo tempo, provocar, mantendo o público engajado e as marcas em evidência. Para os profissionais de marketing, esse movimento acende um alerta: a atenção está onde a criatividade está, mesmo que o rosto na tela não seja de carne e osso.

Vantagens e desafios da influência artificial

Os influenciadores digitais gerados por IA oferecem uma série de vantagens estratégicas para as marcas. Eles não exigem cachê, não têm agenda, não enfrentam cancelamentos e podem ser replicados com agilidade. Com o uso de ferramentas certas, é possível criar centenas de variações de vídeos com mensagens específicas para públicos distintos.

A marca tem controle total sobre o que o avatar fala, como se posiciona e como se comporta. Isso traz uma padronização difícil de alcançar com humanos. Além disso, a escala de produção é imbatível. Um avatar pode gravar 50 vídeos por dia sem pausa ou erro de gravação.

Por outro lado, existe uma limitação clara: esses personagens não têm vivência real. Eles não improvisam, não erram, não sentem, e isso faz diferença quando o objetivo é gerar empatia verdadeira. A conexão com o público pode ser mais rasa se o conteúdo não for pensado com cuidado. Outro ponto delicado é a necessidade de transparência.

O consumidor precisa saber que está lidando com uma inteligência artificial. Se essa informação for omitida, a marca corre o risco de perder a confiança do público. A inteligência pode ser artificial, mas a ética precisa ser autêntica.

O público está pronto para uma IA vender pra ele

Marisa Maiô

Estudos recentes mostram que o público está, sim, mais aberto a consumir conteúdo gerado por IA. Segundo a Sprout Social, 37% das pessoas se sentem mais interessadas por marcas que utilizam inteligência artificial de forma criativa. Entre os jovens da geração Z, esse número chega a 46%.

A curiosidade é grande, especialmente quando o conteúdo entrega humor, inovação ou entretenimento. Marisa Maiô se aproveitou exatamente disso: uma proposta inusitada, com produção bem feita e uma narrativa ousada. No entanto, a aceitação da IA não é automática, principalmente quando se trata de uma mensagem de venda.

O consumidor atual está mais exigente e quer saber quem está por trás da informação. A IA pode abrir a conversa, chamar atenção e provocar risadas, mas dificilmente sozinha será suficiente para convencer alguém a comprar.

Ainda há um papel forte da confiança, da autoridade e da recomendação humana no processo de decisão. O ideal, portanto, é que a IA seja usada como apoio, como canal de entrada, mas que não substitua as etapas onde o vínculo emocional e a prova social são mais determinantes.

Coexistência, humanos e avatares em conjunto

A ideia de que os influenciadores humanos serão substituídos por avatares não se sustenta na prática. O que deve acontecer é uma integração entre os dois formatos. Avatares como Marisa Maiô funcionam bem para atrair atenção, gerar buzz e entregar conteúdos de impacto em larga escala.

Já os criadores humanos seguem sendo essenciais para aprofundar o relacionamento com o público, contar histórias pessoais, responder perguntas, gerar identificação e engajamento emocional. Em muitas campanhas, a tendência será dividir papéis: o avatar inicia o diálogo com uma mensagem criativa e automatizada, e o influenciador humano entra para validar a experiência e gerar conexão real.

Essa complementaridade já é adotada por projetos nas áreas de moda, educação e música, onde a IA produz conteúdos constantes e os humanos aparecem em momentos-chave. É uma combinação poderosa, que permite manter a marca presente no dia a dia sem abrir mão da verdade e da empatia que só uma pessoa pode transmitir.

Marcas que entenderem esse equilíbrio saem na frente, pois conseguem escalar o conteúdo sem perder a alma da comunicação.

Ferramentas para criar influenciadores e vídeos com IA

A principal ferramenta por trás do sucesso de Marisa Maiô é o Google Veo, uma tecnologia experimental da própria gigante de buscas que permite criar vídeos inteiramente gerados por IA, com qualidade cinematográfica e movimentos realistas.

Essa ferramenta ainda não está disponível ao público em geral, mas já vem sendo usada por criadores como Raony Phillips e testada em projetos especiais de canais como Flow, que não utilizam o YouTube, mas exploram o próprio ambiente do Google voltado à experimentação.

O Google Veo é capaz de interpretar roteiros, gerar imagem, áudio, gestos e expressões com um nível de naturalidade que está à frente da maioria dos geradores atuais. Além dele, há ferramentas como D-ID, Synthesia e HeyGen, que oferecem soluções comerciais de criação de avatares e vídeos com voz sincronizada e movimentação facial convincente.

Para produções mais personalizadas, o Adobe Character Animator permite animar personagens a partir de movimentos captados por webcam. Já plataformas como ChatGPT e ElevenLabs podem ser combinadas para gerar roteiros e vozes com sotaque e tom específicos.

A maioria dessas soluções opera na nuvem, com planos acessíveis e resultados altamente profissionais. Mas o mais importante, antes de escolher uma ferramenta, é entender se o conteúdo que será criado respeita a essência da marca, os limites legais e a confiança do público.

Responsabilidade ética e caminhos para o futuro

Com o uso crescente da IA no marketing, a responsabilidade também aumenta. É essencial deixar claro quando um conteúdo é gerado por inteligência artificial, principalmente em campanhas que envolvem consumo ou influência direta na decisão de compra.

O público não quer ser enganado e, se descobrir que foi manipulado, pode punir a marca com boicote e desconfiança. Também é preciso cuidado com o uso de imagem e voz. Se o avatar criado lembrar alguém real, isso pode gerar processos por uso indevido de identidade.

Empresas devem criar diretrizes claras para o uso de IA, incluindo checagem de viés nos algoritmos, definição de limites criativos e protocolos de crise em caso de repercussão negativa. A tecnologia está apenas começando. Em breve, veremos avatares mais realistas, com interações em tempo real, campanhas feitas apenas com prompts de texto e experiências personalizadas por público.

Porém, mesmo com tantos avanços, o essencial continua sendo o mesmo: transparência, respeito e entrega de valor. Marisa Maiô abriu a conversa. Quem vai continuar falando será quem entender que inovação sem responsabilidade é só barulho passageiro.

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